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3 de nov. de 2011

O beijo no asfalto

*Clique na imagem para ampliar


Da Obra de Nelson Rodrigues. Dia 02/12 no Teatro Gravatá.






23 de out. de 2011

Me deixa


"Com o novo enredo outro dia de folia
Com o novo enredo outro dia de folia
Eu ia explodir, eu ia explodir
Mas eles não vão ver os meus pedaços por aí
Eu ia explodir, eu ia explodir..."

16 de set. de 2011

Está chegando!

23 de ago. de 2011

Poema Sujo





Hoje queria escrever um poema sujo, de rimas porcas, de frases feias, de métrica torta, de palavras podres, só pra dizer que te amo.É,um poema parco do tamanho do pouco amor que mereço. Um amor de sobras,dos dias de inércia do gozo maior.Um amor que nem amor seria, salvo raríssimas exceções de sentimentos que perduram nos dias tristes.Queria escrever um poema contundente, forte, mas só consegui tirar de mim essas coisinhas miúdas, como é miúdo o tempo destinado a mim.Hoje quis tomar juizo. Mas tinha que ser na veia, em doses caseiras já não faz mais efeito.Quis muito te dizer, em forma de poema, mesmo que sujo e feio, do amor que sinto.,Amor posto de lado, pros dias de feriado.Isso quando o flamengo não jogar, é claro.Meu amor tem dia certo.Ou errado, nem sei.É nos dias que sobra, do amor que não teve.O dia do amor bandido, do escárnio da paixão que vive so na escuridão do sentimento que não pode ser e nem existir.Hoje eu quis fazer poema do que nem existe. Do que some quando se faz dias de lazer. Amor com data certa e todo errado, amor lacrado, sem ninguém ver.Amor trancado em copas, em paus.Hoje acordei pra cantar esse amor aos ventos, mas os ventos nem sopraram.Hoje acordei pra alardear esse amor, fazer escândalo, lavar com sãndalo o que fede a peixe.Amor que não merece vida, que so traz ferida e que so causa medo. Hoje eu quis fazer enredo pra essa valsa triste.Tentei de todo jeito escrever direito pra esse tema torpe. Tentei chamar de tudo esse silêncio mudo que você me brinda. Amanhã acordo bem., quando for quarta feira acaba a cegueira e posso ver além.Mas hoje tentei.Nem rimas consegui tirar do que sobrou de mim,e assim , fica esse texto com cara de raiva, com jeito de ódio , assim todo ruim.Mas a manifestação do artista mesmo que sem graça, é sempre como abrir a mordaça de um preso em estado terminal. Queria falar de amor,mesmo desse amor vendido,pobre e fétido, mas hoje não é dia. Hoje é dia da santa.Da certa, da que encanta. Amanhã te faço um poema lindo, com cara de amor novo,daquele que o povo todo diz...QUE AMOR!



Hoje não é dia de amar você.




(Márcia Cardoso)




Imagem: Pablo Picasso, Moça Diante do Espelho, c. 1932











2 de ago. de 2011

Why?


When was the last time you thought of me?

Or have you completely erased me from your memories?

Cause I often think about where I happen to roam.

You more I do, the less I know.

But I know I have a fickle heart and bitterness

And a wandering eye, and a heaviness in my head.

But don't you remember, don't you remember?

Why don't you remember, don't you remember?

When will I see you again?

(Adele)

13 de jul. de 2011

WWRY!


Let it be, let it be, let it be, let it be!
\m/

9 de jun. de 2011

Heeelp!










Help!

Help! I need somebody
Help! Not just anybody
Help! You know I need someone
Help!

When I was younger so much younger than today
I never needed anybody's help in any way
But now these days are gone
I'm not so self assured
Now I find I've changed my mind
I've opened up the doors

Help me if you can I'm feeling down
And I do appreciate you being ‘round
Help me get my feet back on the ground
Won't you please, please, help me?

And now my life has changed in so many ways
My independence seems to vanish in the haze
But every now and then I feel so insecure
I know that I just need you like
I've never done before

Help me if you can I'm feeling down
And I do appreciate you being ‘round
Help me get my feet back on the ground
Won't you please, please, help me?

When I was younger so much younger than today
I never needed anybody's help in any way
But now these days are gone
I'm not so self assured
Now I find I've changed my mind
I've opened up the doors

Help me if you can I'm feeling down
And I do appreciate you being ‘round
Help me get my feet back on the ground
Won't you please, please, help me, help me, help me?
Oh

26 de mai. de 2011

Oração - A Banda mais Bonita da Cidade


Oração
Composição : Leo Fressato

Meu amor essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa


Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois


Cabe até o meu amor
Essa é a última oração pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa


Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe essa oração

Retorno




Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. Tô feliz, to despreocupado, com a vida eu to de bem.



Caio Fernando Abreu.

19 de mai. de 2011

É o despertar que nos mata.

É o despertar que nos mata  

Vírginia Woolf

O poeta é ao mesmo tempo um leão e um Atlântico. Um nos afoga e o outro nos rói. Se sobrevivemos aos dentes, sucumbimos nas ondas. Um homem que pode destruir ilusões é, ao mesmo tempo, fera e dilúvio. As ilusões são para a alma o que a atmosfera é para a terra. Retirai esse brando ar e a planta morre, a cor empalidece. A terra por onde caminhamos é um ardente rescaldo. É marga o que pisamos, e seixos de fogo queimam os nossos pés. Somos desfeitos pela verdade. A vida é um sonho. É o despertar que nos mata. Quem nos rouba os sonhos rouba-nos a vida (…).

Romance: Orlando, tradução de Cecília Meirelles


P.S.: Sempre fui fascinado por ela. 


.

13 de mai. de 2011

Daffodil Lament




Daffodil Lament

The Cranberries


Holding on that?s what I do
Since I met you
And it won?t be long, would you notice
If I left you
And it?s fine for some
Cause you?re not the one,


All night long, I laid on my pillow
These things are wrong
I can?t sleep here
So lonely, so lonely


I have decided to leave you forever
I have decided to start things from here
Thunder and lightning won?t change
What I?m feeling


And the daffodils look lovely today


Ol in your eyes I can see the disguise
Ol in your eyes I can see the dismay
Has anyone seen lightning
Has anyone looked lovely


And the daffodils looked lovely today
Looked lovely

27 de abr. de 2011

Basta


Sou cada pedaço infernal de mim.
Clarice Lispector


Avisem a todos que ele voltou.
Um beijo singular.

12 de abr. de 2011

Altar Particular



Meu bem que hoje me pede pra apagar a luz

E pôs meu frágil coração na cruz

No teu penoso altar particular

Sei lá, a tua ausência me causou o caos

No breu de hoje eu sinto que

O tempo da cura tornou a tristeza normal

E então, tu tome tento com meu coração

Não deixe ele vir na solidão

Encabulado por voltar a sós

Depois, que o que é confuso te deixar sorrir

Tu me devolva o que tirou daqui

Que o meu peito se abre e desata os nós

Se enfim, você um dia resolver mudar

Tirar meu pobre coração do altar

Me devolver, como se deve ser

Ou então, dizer que dele resolveu cuidar

Tirar da cruz e o canonizar

Digo faço melhor do que lhe parecer

Teu cais deve ficar em algum lugar assim

Tão longe quanto eu possa ver de mim

Onde ancoraste teu veleiro em flor

Sem mais, a vida vai passando no vazio

Estou com tudo a flutuar no rio esperando a resposta ao que chamo de amor

Maria Gadú

25 de mar. de 2011

Senhorinha




Hoje é um dia especial, daqueles que a gente chora de alegria por ter ganhado uma surpresa inesperada. Senhorinha é algo muito íntimo, cheio de particularidades encontradas por ai... Eu o escrevi integralmente ao som de Summer 78 - Yann Tiersen - Por isso gostaria de pedir, que ao ler o texto a seguir, escute a música pelo youtube. Quero tanto que vocês sintam o que ela me transmite. Peço também que não leiam apenas com os olhos. Queria mandar um abraço especial para o James que sabia da minha criação e só com seus comentários me apoiava a escrever e para Maria das Graças que mesmo sem saber, talvez nem se lembrar mais de mim, me inspirou muito. E é claro todos àqueles que sabem que são importantes para mim e que reconheceram sua essência em alguns trechos.  Boa leitura.


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Senhorinha



Dona Valentina, uma solitária velha tecelã, confiava por linhas fracas e soltas, toda a composição de sua arte. Ela cheirava colo de avó, toques de lavanda e talco. Seus dedos remetiam à fubá. Aroma nostálgico e confortável. Tecia com detalhes e se apegava a eles... Coisas tão bobas, coitada, que só ela dava importância. Roda do destino. Dona Valentina tinha a criação em suas mãos, por isso me encantava tanto. Linhas finas que mantém o elo enfraquecido, que por total tolice ainda estavam ali. Pobre Dona Valentina, dando nó em bica d'água.

Insistia na tradição, afirmara seus laços ali e tinha medo das mudanças. Nunca se casou, muito menos teve filhos. Após a morte de sua mãe, inaugurou sua imersão na solidão. Frequentava à missa aos domingos de manhã, mas já sabia o caminho de cór, não era preciso olhar para os lados. Sobrevivia com sua arte, tecia para os outros a fim de encontrar o fio de sua história. Sei que na verdade tecia para ela mesma, criava laços como se gerasse um filho tamanho cuidado e zelo. E toda hora do parto, da separação, era dolorido.

Morava numa casa grade, com amplo quintal. As janelas sempre fechadas, assim como seu coração. Nos fundos haviam roupas velhas secando, ao lado de uma bacia amassada, meio enferrujada, que servia para lavar as roupas num córrego próximo. Não criava animais, não gostava de ser observada por qualquer coisa viva, dizia que tudo que se meche é traiçoeiro. Até hoje não se acostumara com si, não se reconhecia em espelhos ou reflexos.  Rezava noite adentro, o terço amarelado corria seus dedos cansados em busca da salvação. Acendia  uma vela toda noite para Nossa Senhora das Graças, que ficava no alto da sala, com várias flores de papel envelhecidas e forrinhos de renda. A imagem da santa era antiga, já estava desbotada e com pedacinhos quebrados. Ave Maria cheia de Graça. Mas a redenção é algo interno. Bendita sóis vós entre as mulheres. Na mesma sala havia uma mesa de cedro antigo, com oito cadeiras talhadas. Os cupins eram os únicos a utilizá-la. O chão de madeira apodrecida oferecia perigo ao casarão, que em diversos pontos mantinha buracos e fendas mostrando abaixo o porão frio e úmido. D. Valentina se reconhecia no porão, por isso nunca entrara lá.  Na sala havia um banco de madeira com uma toalha de crochê nude por cima, antigas fotos de seus familiares na parede e um rádio usado que servia de companhia. Tinha pavor à televisão, como já disse odiava que a observassem. A cozinha era unicamente preenchida pelas latas de torresmo guardadas na gordura, sacos de feijão, arroz, laranja e agonia.

Banho aos sábados para ir à missa aos domingos, mas nunca ousara se despir totalmente. Era um pudor. Além de seus falecidos parentes ninguém nunca ouvira sua vozinha falha e rouca. Talvez nem ela saiba mais usar as palavras. Acreditavam na cidade que era muda e ela se fazia de surda e prosseguia seu caminho reto. Acordava ainda de madrugada e começava a tecer, mente ociosa é oficina do diabo, dizia sua mãe. O som da noite despertando era sua música predileta... Diziam que D. Valentina era louca, todos os meninos das redondezas tinham medo dela, pois comentavam que possuía uma espingarda e atirava nas crianças que tentavam roubar seus pés de frutas. Espingarda realmente tinha, era uma herança de seu pai, aliás, único contato direto entre os dois. Tinha de se proteger, era moça de família, sua honra era seu bem mais valioso, mas nunca ousara sequer atirar contra o vento. Almoço de domingo era dia especial, comprava e fazia frango com quiabo... Estava com seu melhor vestido e sentava-se na varanda junto com as árvores.

Quando adormecia, conversava sozinha. Não podia dominar o silencio sempre. Vez ou outra ia à cidade para fazer compras e entregar os pedidos, sempre olhando reto, sem tocar os lábios e apenas afirmava ou negava quando a abordavam. Seu olhar vagava. Dona Valentina fazia jus a seu nome. Quisera alguém ter a coragem de se perder num profundo vale vazio. A mente desobedece ao silêncio, ela deseja gritar e o corpo não possui forças. E os sentidos? Desconhecidos. Sei que seus olhinhos lacrimejam saudade de algo que ela nem conheceu, mas mesmo assim sentiu. Passara pela vida sem nem notar. E em seu âmago emudecido, ela pede somente uma coisa a quem se aproxima: Me abrace forte. Nunca soube o que era isso.

Na noite em que Dona Valentina completava 87 anos olhou para o céu a procura de uma estrela. Os anjos clamavam palmas pra ela, ela sabia. Mesmo assim odiava aniversários. Quando voltou a olhar para o céu percebeu que a lua a observava. A senhorinha sentiu-se perturbada com aquilo, disparou a chorar e abraçar sua solidão em agonia. A lua no alto estava de olho nela, ela queria fazer isso parar. Não gostava que nada a observasse. Começou a respirar forte, incomodada, seu mundinho rodando e seus pés sem chão. A vida não permite ausência. Santa Maria mãe de Deus rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte... Parou de repente surpresa! Respirou a noite, sorriu aos céus, foi em direção à lua, gritou para o mundo, dançou com o vento, beijou a terra molhada, tirou toda sua roupa e morreu. Amém.

Dona Valentina conhecera tarde a vida, mas a conhecera. Seu coração frágil disparou em batimentos soltos e leves, ela era livre. Teceu a última linha, seu cordão umbilical e teve o doce prazer de arrebentá-lo. Sua boca seca agora escorria emoção. Era necessário romper os laços de seu mundinho particular, era preciso partir. Rasgar a alma, tirar as coisas do lugar. Tudo agora estava em si. E isso basta. Ponto final. 




_____________________Gustavo Freitas

1 de mar. de 2011

Le Petit Prince


"... Vós não sois absolutamente iguais a minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo.

E as rosas estavam desapontadas.

- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda: Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o para vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.

E voltou, então, à raposa :

- Adeus, disse ele...

- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos..."

14 de fev. de 2011

Black Swan




"I had the craziest dream last night about a girl who has turned into a swan, but her prince falls for the wrong girl
...and she kills herself."
(Black Swan)



Ontem tive um prazer nostálgico de ver Black Swan (Cisne Negro). Cada cena me remetia a sentidos distintos, muitas lembranças emergiram dos atos. Natalie Portman em uma atuação divina, emocionante, fantástica, sem definições. Fiquei sem palavras, não consigo descrever. Cada olhar, cada palavra, cada movimento de Natalie em perfeita sincronia e com uma carga de significados tão forte e penetrante que te consumia e te deixava sem ar. O Oscar tem que ser dela, impossível não ser. O trabalho realizado foi de esplendida verdade. Detalhes compassados. Expressões formadas em alto nível. Criação psicológica inigualável. Harmonia, surpresa, tensão, sedução e fragilidade numa composição valorativa. Nas próprias palavras da personagem protagonista Nina (Natalie Portman) ao final: Perfeito. O melhor trabalho do diretor Darren Aronofsky (Réquiem para um sonho).


Bravo!



2 de fev. de 2011

Expectativas



Quando tá escuro e ninguém te ouve
Quando chega a noite e você pode chorar
Há uma luz no túnel dos desesperados
Há um cais de porto pra quem precisa chegar
Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando, vê se não vai demorar

Uma noite longa por uma vida curta
Mas já não me importa basta poder te ajudar
E são tantas marcas que já fazem parte
Do que sou agora mas ainda sei me virar
Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando vê se não vai demorar

25 de jan. de 2011

Mentiras




Nada ficou no lugar

Eu quero entregar suas mentiras

Eu vou invadir sua aula

Eu quero falar sua língua...




Eu vou escrever no seu muro

E violentar o seu gosto

Eu quero roubar no seu jogo

Eu já arranhei os seus discos...




Que é pra ver se você volta,

Que é pra ver se você vem,

Que é pra ver se você olha,

Pra mim...


(Adriana Calcanhoto)